O Pacto Climático de Glasgow- resultados da COP26

Entre os dias 31 de outubro a 12 de novembro de 2021, na cidade escocesa de Glasgow, ocorreu o maior evento climático do mundo, a COP26, que reuniu representantes de diversos países, com intuito de agirem conjuntamente no cumprimento dos objetivos do Acordo de Paris, traçando ainda novas metas para o controle dos avanços climáticos.

O encontro entre quase 200 nações visando a contenção dos impactos causados pela mudança climática levou ao ajuste do Pacto de Glasgow, documento esse que tem por norte manter o aumento da temperatura do planeta em até 1,5°C comparado a níveis pré-industriais.

O Brasil compareceu ao evento representado por uma delegação chefiada por Joaquim Leite, Ministro do Meio Ambiente. Destaca-se que o país apresentou alguns importantes compromissos voltados para a economia verde, como por exemplo:

• – Redução das emissões de gases do efeito estufa (GEEs) pela metade até 2030, com neutralidade em 2050;
• – Zerar o desmatamento ilegal dois anos antes do prazo anterior, em 2028;
• – Assinatura da declaração das florestas;
• – Revisão das metas de produção de metano.[1]

 

Segundo o Ministro, o Brasil tem potencial para ser um gigante exportador nessa nova economia verde e, buscando caminhar nesse sentido, apresentou algumas das iniciativas ambientais promovidas no país, como por exemplo: plataforma digital do Programa Nacional de Pagamentos por Serviços Ambientais, denominada Floresta +; Programa Nacional de Crescimento Verde; e o Programa Águas Brasileiras.

Voltando às metas em esfera global, o texto prevê a redução do uso desenfreado do carvão, o fim de subsídios aos combustíveis fósseis, concretização do mercado mundial de carbono e, ainda, os Estados Unidos e China anunciaram apoio à eliminação do desmatamento ilegal global por meio da proibição de importações ilegais, entretanto, em um primeiro plano, essas medidas demonstram certa ‘ineficiência’ diante das alarmantes projeções.

O resultado final da COP 26 parece apresentar uma série de ideias e princípios, contudo, não trouxe muitas medidas concretas acerca de como as mudanças almejadas irão ocorrer.

Assim, diante vagueza e genericidade no Pacto de Glasgow, espera-se que no próximo ano as nações apresentem metas mais ambiciosas e planos mais eficazes para efetivação de medidas capazes de conter o crescente avanço do aquecimento global.

[1] https://www.gov.br/mma/pt-br/noticias/brasil-encerra-participacao-na-cupula-do-clima-com-resultados-historicos – acessado em 25/11/2021.

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